Muitas são as autarquias que têm por hábito proceder à remoção de plantas silvestres nos caminhos e nas estradas. Segundo Fernanda Botelho, herbalista e especialista em plantas medicinais, tal não deve acontecer, dado que essas ervas e flores são muitas vezes património da flora portuguesa, criam biodiversidade e ajudam o solo a ser mais forte.
Mostarda brava (Sinapis arvensis), papoilas (Papaver rhoaes), malva (Malva sylvestris), tanchagem (Plantago sp), pilriteiro (Crataegus monogina), urtiga (Urtica sp), roseira brava (Rosa sp), chicória (Cichorium intybus), sabugueiro (Sambucus nigra) e borragem (Borago officinalis) são 10 as plantas silvestres que destacamos.
“Chamam-lhes ervas daninhas, infestantes ou invasoras, mas essas plantas além de serem exuberantemente bonitas e criarem jardins naturais, servem de alimento a insetos polinizadores, pássaros, répteis, anfíbios e toda uma cadeia de biodiversidade onde nós também estamos incluídos”, refere Fernanda Botelho, autora de diversas livros sobre esta matéria. Muitas delas, como a malva e a roseira brava são comestíveis e detentoras de propriedades medicinais. “Têm um nome botânico e pertencem a uma família”, sublinha. Conheça estes tesouros da flora portuguesa aqui.
A propósito do controlo e prevenção das plantas silvestres, teve lugar no passado dia 29 de abril, uma sessão online “Gestão de Espaços Públicos Sem Herbicidas” organizada pela ABAE em parceira com a Quercus. Pode aceder às comunicações aqui e ao vídeo da sessão aqui aqui